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1. Cerimónia de Boas Vindas

    

 

2. Jantar oferecido pela rainha

    

   

 

fonte: laruedubac.com

Explosão de charme made in Mónaco, a filha da princesa Caroline e de um atraente homem de negócios italiano desde cedo transpirou a milagre e mistério. Beleza desconcertante, cavaleira de garra, estrela em ascensão, Charlotte Casiraghi tem o cérebro tão esculpido como os restantes músculos. Entrevista exclusiva com uma jovem obediente. 

 

Quando se pergunta a Charlotte Casiraghi o que está a ler...

neste momento, ela tira da sua carteira e coloca imediatamente em cima da mesa dois livros finos com capas já gastas: De l'Amitié (Da Amizade), de Cícero  e De la Brièveté da la Vie (Da Brevidade da Vida), de Sénèque. "Este ensaio de Sénèque é fantástico", diz ela, "Volto sempre a ele. Eu estudei a língua grega antiga e latim, os autores da antiguidade estão entre os meus preferidos." Um gosto desmedido pela literatura e pela equitação, uma menção de «muito bom» no bac de filosofia, é tudo o que se sabe sobre esta jovem de 25 anos, que tem os holofotes do mundo inteiro virados para si  e cuja característica mais natural é a discrição. "Eu sempre li muito. Devo ter herdado  isso da minha mãe. Por vezes, leio cinco livros ao mesmo tempo. Eu adoro ler. Sobretudo, os clássicos, Le Rouge et le Noir (O Vermelho e o Negro), de Stendhal, L'éducation sentimentale (A educação sentimental), de Flaubert, Le Lys dans la Vallée (O Lírio do Vale), de Balzac, todos de Emily Dickinson, mas também Leopardi, Fitzgerald, Carson McCullers, Tabachi, Joan Didion, Houellebecq... Sem esquecer a poesia, Lettres à un jeune poete (Cartas a um jovem escritor), de Rilke, La Chansson du Mal-aimé, de Apollinaire." Sentada no bar do hotel Bristol, silhueta neutralizada por uns jeans slim e uma camisa branca, Charlotte Casiraghi destaca-se logo pela sua grande beleza. Uma verdadeira visão de uma Madona com dois olhos safira e uma boca idêntica ao sofá Mae West desenhado por Salvador Dali. Pensamentos imediatamente na fotogenia da sua avó, Grace Kelly, musa hitchcockiana tornada princesa em directo perante trinta milhões de espectadores  a 19 de Abril de 1956, ou ainda à da sua mãe, Caroline, cujo perfil pop electrizado por Wahrol foi capa da Vogue de Dezembro de 1953. Caprichos de genes, milagre de sangue azul ou feitiços do Mediterrâneo, os ídolos femininos do Rochedo foram talhados desde o berço pela perfeição de Vénus. 

 

Ela praticamente não dá entrevistas...

"Nada a dizer", como diria o advogado da família. Voz grave e calma, de uma educação inata, ela faz uma careta enfadada e mostra a sua mão pontuada com um verniz laranja a cada pergunta que considera indiscreta. Nada de falar sobre os amores, a família, o futuro, a noção de destino ou de notoriedade. "É muito pessoal e envolve outros. Claro que podia falar. Mas não quero." 

De resto, joga o jogo, afável e precisa. "Para ser totalmente honesta", diz ela, "é verdade que eu tenho uma paixão pela literatura mas prefiro a filosofia. Creio mesmo que já optei por um ramo da filosofia. Adoro a racionalidade, a atenção ao essencial, os progressos da razão, a análise dos conceitos. Tive a sorte de ser iniciada por Robert Maggiori, um professor extraordinário, e também jornalista do Libération. Ele é fascinante e torna esta disciplina muito viva. Provavelmente, porque ele consegue aproximar a filosofia e o jornalismo, à partida, duas coisas muito diferentes."  

"Vejo Charlotte de tempos a tempos", diz Robert Maggiori, "e tenho lembrança da sua presença as aulas. Era uma aluna tímida, como os outros, com a diferença de que ela era a mais brilhante de todas. Ela tem uma capacidade de escutar e de reflectir extraordinária, um gosto profundo pela interrogação, essencialmente ao nível da moral. Ela é extremamente escrupulosa, vive com o medo de falhar. Poderia pensar num doutorado. Também dava uma excelente professora. Eu raramente vejo uma exigência consigo mesmo deste tamanho." 

Uma license de philo que a conduziu a uma preparação literária no Licée Fénellon que acabou por abandonar. 

 

 

"O perfeccionismo tanto pode ser uma qualidade como um defeito"

diz a interessada. "Querer dar o melhor de si é uma fonte de força formidável mas o medo de não ser bem sucedida é um paralisador. Sempre fui muito boa aluna mas estava sempre convencida de que ia perder tudo. Torturava-me muito. Em vez de optar pela simplicidade, de fazer o meu melhor, eu infligia-me uma pressão, de objectivos muito importantes. Quando estava em preparações, isso tornava-se insuportável."

Hoje, é nos jumpings de todo o mundo, do Brazil ao Mónaco, de Valência a St. Tropez, que Charlotte Casiraghi mete à prova a sua disciplina mental, a ética da manutenção. Objectivo: tornar-se uma campeã de saltos de obstáculos. "Os cavalos sempre fizeram parte da minha vida. Quando era pequena, a minha mãe arranjava-me póneis, ela tinha dois cavalos, e eu montava regularmente até ter 18 anos, participei em vários concursos amadores, mas antes de tudo vinham os meus estudos. Depois, o desejo voltou de repente. O desejo de pôr à prova, de me dedicar a um desporto de alto nível. Senti que era o momento, que já tinha a liberdade necessária. Antes de ter uma família, filhos, é muito complicado." O essencial do seu tempo é dedicado a treinos assíduos com o seu treinado Thierry Rozier, filho do medalhado olímpico Marcel Rozier e a cuidar dos seus sete cavalos, cinco dos quais monta em competições. "Tecnicamente, o meu melhor cavalo chama-se Tintero, 12 anos. Mas ele tem fases, humores. Estes dias, ele tem-se revelado temperamental, e não tem sido com ele que tenho obtido os meus melhores resultados. Há seis meses, era exactamente o contrário. Não nos podemos esquecer que o verdadeiro atleta é o cavalo". 

 

 

O original da entrevista pode ser encontrado aqui: LINK

 

 

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