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O coração da jovem princesa também é verde. E começou uma nova batalha para salvar o planeta. Lançou uma revista, chamada EVER MANIFESTO, 20 páginas sobre ecologia aplicada às mais criativas áreas. O primeiro número já foi apresentado numa conferência em Turim, e aborda o tema da contribuiçao da arte e da moda para um mundo mais sustentável.
"Gosto de roupa bonita como todas as mulheres, porque elas fazem-nos sentir atraentes. Este sector, no entanto, além da estética tem outros valores, deve proteger o sistema ecológico. Stella McCartney, designer de moda, familiarizada com o tema, ajudou-me muito no meu projecto."
Diga-nos de que coisa se trata?
Não sou perfeita nem especialista no assunto, mas tento dar uma pequena ajuda que irá incentivar as pessoas a reflectir sobre a protecção do ambiente. E faço isso por meio da EVER MANIFESTO, não um jornal com data fixa, mas uma publicação gratuita que nesta primeira edição aborda a relação entre ecologia e moda, com destaque para o abuso do sector. Foram distribuidas três mil cópias em pontos estratégicos. Durante os desfiles de moda em Paris e na Corso Como em Milão. Daqui a algum tempo estará também online (www.EVERmanifesto.com) . A ideia nasceu com duas amigas: a editora de fotografia Alexia Niedzielski e a publicitária Elizabeth Von Guttman.
Quem financia o projecto?
Desta vez, Loro Piana, depois, logo veremos. Será lançada em conjunto com grandes eventos ligados à moda, design e arquitectura. Dependendo do tema tratado, vão escrever especialistas e jornalistas famosos. O objectivo é sensibilizar as pessoas e as empresas. Muitas grandes marcas perderam clientes porque exploravam as mais pequenas. Era inevitável. O retorno depende da correção com que se trabalha.
Tem uma licenciatura em filosofia mas está interessada no mundo da imprensa. É uma escolha contra a corrente. Como nasceu essa paixão?
Não quero ser jornalista, mas amo a edição. Eu fiz um estágio em Paris com Pierre Laffont , e, depois, em Londres, na redacção do jornal The Independent. Gosto de ler e de organizar um jornal. Mas ainda não tenho uma ideia clara da profissão que quero seguir.
A Charlotte também escreveu na EVER Manifesto?
Sim, eu entrevistei Franca Sozzani sobre como a moda deve reorganizar o ciclo de produção com uma óptica ecológica. Mas também tenho escrito para outras revistas em Inglaterra. Num dos meus últimos artigos expliquei o porquê dos jeans serem a peça de vestuário mais poluente que há.
Removeu-os do seu guarda-roupa?
Não, mas tenho cuidado com o que compro. Escolho os que são feitos de algodão orgânico, tratado com tintas não tóxicas.
A ecologia está muito na moda hoje em dia, como provam as constantes referências ao meio ambiente por parte de Barack Obama. Como nasceu essa paixão?
Eu sempre vivi no campo, entre o verde e os animais, a andar a cavalo desde a infância. Acompanho com interesse a fundação do meu tio, ainda que não participe nas iniciativas. Foram muitos os acontecimentos da actualidade que me levaram a ficar ligada à ecologia. Um deles é a poluição do mar mediterrâneo, arruinado pela pesca excessiva e invasão de águas vivas.
Vive entre Paris e Londres, mas também vem muitas vezes a Milâo. Como julga estas três cidades?
Paris parece-me uma cidade limpa. A Inglaterra, em geral, é mais sensível às questões ecológicas. Há muitas lojas de produtos orgânicos, as pessoas vivem com mais consciência sobre o assunto. Milão está em ordem. A Itália, depois do escândalo do lixo de Nápoles, um problema que segui atentamente através dos jornais, está a mostrar um maior envolvimento com as questões ambientais.
No quotidiano, como se traduz o seu respeito pelo ambiente?
Caminho muito, prefiro o comboio ao avião. Gosto de comer e de cozinhar, opto pelos alimentos da época e do local. Não sou vegetariana mas tento comer pouca carne. Em suma, lutar contra o senso comum para limitar os danos causados nos últimos anos devido a um estilo de vida cheio de desperdícios, que é destrutivo para nós mesmos e para o mundo.
O vintage também entra no seu estilo de vida eco-compatível?
Possuo uma grande quantidade de roupa velha e ainda a uso. A reciclagem é outro ponto importante.
fonte: La stampa